
O texto de Sérgio Silveira é uma análise aprofundada sobre a questão das linhagens de Reiki, argumentando que o Reiki é um só, mas foi dividido e alterado por Mestres ao longo do tempo. O autor defende a modernização e a adaptação do ensino para melhor servir as necessidades atuais, usando o Reiki Essencial como exemplo de uma evolução positiva. Sérgio Silveira aborda a confusão e a divisão criadas pelas múltiplas denominações de Reiki, defendendo que a sabedoria está dividida e que a busca pela "verdade suprema" tem impedido o reconhecimento da unidade do Reiki.
I. A Discrepância Histórica (Reiki Ocidental vs. Usui Ryoho)
Sérgio Silveira traça a linhagem do Reiki, destacando as alterações significativas feitas após o fundador, Mikao Usui, o que levou à criação do que é hoje conhecido como Reiki Ocidental.
| Mestre | Alterações-chave | Consequência | 
| Mikao Usui | Fundador do Reiki Ryoho de Usui (Reiki Tradicional). O seu ensino era menos esotérico do que o transmitido no Ocidente. | A escola de Usui original continua ativa, mas distancia-se do que é ensinado no Ocidente. | 
| Dr. Chujiro Hayashi | Alterou muitos dos ensinamentos de Usui por não concordar com as práticas esotéricas do seu Mestre. | Transmitiu um sistema já modificado à Sra. Takata. | 
| Sra. Hawayo Takata | Recebeu o ensino de Hayashi e modificou-o mais uma vez, pensando que os americanos não iriam compreender muitos dos ensinamentos originais. | O resultado dessas alterações sequenciais é chamado "Reiki Ocidental". | 
A Posição do Japão:
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A escola de Usui no Japão não reconhece o Reiki feito fora do Japão, alegando que o que é ensinado no Ocidente não tem a ver com os verdadeiros ensinamentos budistas de Usui.
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O autor conclui que quem apregoava ter a "verdadeira" linhagem andava enganado há muito tempo devido a estas alterações históricas.
 
II. A Crítica ao Rigor e às multiplicações dos Graus
O autor critica duas práticas que considera desvirtuar o Reiki:
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Divisão do Grau de Mestre: Alguns instrutores dividem o Grau III em dois níveis (praticantes e instrutores), o que desvirtua o sistema original de Usui, que tinha apenas três graus.
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Multiplicação dos Graus (Ex: Reiki Radiance): Sistemas como o Reiki Radiance (com onze graus) multiplicam o custo e o tempo, mas não necessariamente a aprendizagem.
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Iniciações Insuficientes: No Reiki Tradicional original, o Nível I e II exigiam quatro iniciações cada. O autor lamenta que, atualmente, muitos Mestres Tradicionais fazem apenas uma iniciação num só dia, alegando falsamente que era assim no tempo de Usui.
 
III. A Defesa da Adaptação (Reiki Essencial)
Sérgio Silveira justifica a sua linhagem, o Reiki Essencial, como uma resposta necessária à rigidez e ineficácia de certos métodos.
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Reiki Essencial: Separou-se do Reiki Tradicional, adotou métodos mais modernos e usa apenas uma iniciação combinada com a linha da Hara em cada nível para aumentar a eficácia.
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Abertura e Evolução: O autor defende que manter o Reiki fechado e secreto já faz parte do passado. O ser humano deve ajustar-se aos novos tempos e às novas técnicas.
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Perspetiva Final:
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"O Reiki é um só, que a energia de cura é uma só."
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A diferença reside unicamente na forma de ensino.
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O autor, como Mestre de Reiki Essencial, acrescentou técnicas de ioga kundalini para aperfeiçoar o Reiki e servir melhor o semelhante.
 
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Mandato: É preciso honrar as origens do Reiki e, simultaneamente, as mudanças do mundo e as necessidades das pessoas.