O estudo aborda o dilema ético e a questão das competências culturais face à crescente utilização de Terapias Alternativas e Complementares (TCA), como o Reiki e a Yoga, em hospitais e centros de saúde.
I. O Dilema do Conflito Espiritual
O problema central reside no facto de o Reiki estar associado a uma espiritualidade que pode entrar em conflito direto com alguns sistemas de crença dos pacientes.
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O Caso da Saúde Católica: O artigo menciona que os hospitais católicos são, por princípio, impedidos de oferecer o Reiki porque a sua espiritualidade subjacente entra em conflito com os ensinamentos da Igreja Católica.
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A Omissão de Informação: Apesar do conflito, muitos hospitais oferecem a terapia sem revelar os seus aspetos espirituais ou filosóficos aos pacientes.
II. A Exigência de Competência Cultural e Ética
Os hospitais já estão familiarizados com a necessidade de abordar as crenças religiosas que interferem nos cuidados de saúde (ex: Testemunhas de Jeová e transfusões de sangue). No entanto, o mesmo rigor não é aplicado às TCA com conotações espirituais.
Questões Éticas e Legais Levantadas pelo Artigo:
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Consentimento Informado (Autonomy): O paciente tem o direito ético à autonomia, o que significa receber todas as informações relevantes sobre o tratamento para tomar uma decisão livre e consciente. A omissão dos aspetos espirituais do Reiki compromete o consentimento informado.
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Competência Cultural: As instituições de saúde devem desenvolver a competência cultural necessária para administrar cuidados que salvaguardem os interesses e as crenças religiosas dos pacientes.
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Necessidade de Política Específica: O artigo sugere que é necessário desenvolver uma política similar àquelas que gerem conflitos como as transfusões de sangue, a fim de abordar as preocupações espirituais relacionadas com o Reiki, a Yoga e outras terapias que possam conflituar com crenças cristãs ou outras práticas religiosas.
III. Conclusão da Investigação
O artigo de Maria Marra Arvonio visa sublinhar as preocupações éticas e as possíveis implicações legais de oferecer Reiki sem total transparência. Propõe-se que os praticantes de Reiki/TCA forneçam informações específicas aos pacientes, em respeito pela sua autonomia e pelas suas crenças culturais, espirituais e religiosas.
