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Crianças Índigo e Cristal: Entre a Crença Esotérica e o Desafio Educacional

Crianças índigo

Eu inicio o texto refletindo sobre o crescente número de pais que classificam os seus filhos como "Crianças Índigo" ou "Crianças Cristal".

Características Comuns Mencionadas pelos Pais O Que a Crença Defende
Capacidade excecional de perceção. Nova geração com habilidades especiais.
Não se interessam pela escola (apesar de serem muito inteligentes). Objetivo de implantar uma "Nova Era" na Humanidade.
Personalidade forte e independência precoce. Possuem habilidades sociais mais refinadas, maior sensibilidade, desenvolvimento ético-moral profundo e dons paranormais.
Realizam tarefas sem terem sido ensinados. -

 

II. A Minha Crítica: O Efeito Forer

Sérgio Silveira expressa uma visão cética, questionando a validade desta classificação e os motivos subjacentes à sua adoção pelos pais.

 

1. O Argumento da Evolução Comum

Eu argumento que as características de "super-inteligência" e rápida adaptação a novas tecnologias (telemóveis, tablets) são um reflexo do desenvolvimento natural da nova geração. O facto de uma criança dominar um comando de TV rapidamente não a torna sobredotada.

 

2. A Rejeição Científica

Cito ainda que o sistema de classificação "Crianças Índigo ou Cristais" é rejeitado por conselhos de pediatria e especialistas em educação infantil.

O Efeito Forer (ou Falácia de Validação Pessoal): Argumento que a descrição destas crianças é tão vaga que se pode aplicar a praticamente qualquer um. Este fenómeno leva as pessoas a identificarem-se com descrições genéricas, reforçando a crença.

 

3. Crítica à Justificação Comportamental

A principal crítica é dirigida à forma como os termos "Índigo" ou "Cristal" são usados para justificar eufemisticamente problemas de comportamento e dificuldades escolares.

  • "Crianças indisciplinadas, hiperativas, com défice de atenção" são classificadas como "Índigo" ou "Cristal".

  • Vejo isto como uma "falta de visão" de pais que arranjam uma "desculpa para não educarem as suas crias".

 

III. O Contraste Histórico e a Crítica Social

Em contraste a atual permissividade com a disciplina da sua juventude (década de setenta), onde comportamentos como "défice de atenção" eram abordados de forma mais rigorosa (embora ditos métodos que hoje são controversos, como o "chinelo da mãe").

A minha conclusão é uma reflexão sobre a atual crise de autoridade e a falta de disciplina:

  • Antes: Os problemas eram resolvidos, acabando com as "manias e tendências da criança".

  • Agora: Não se pode "bater, ralar, zangar", o que, ironicamente, leva a que os adultos, educadores e professores sejam os que se sentem mais traumatizados e sem ferramentas.

 

 

 

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