
Este texto é uma profunda reflexão e questionamento sobre a identidade futura do Reiki, dadas as dificuldades em ser enquadrado e reconhecido pelas esferas tradicionais (ciência, religião, filosofia). Expresso ceticismo em relação ao reconhecimento científico, mas conclui que a prova da validade do Reiki reside na sua vasta comunidade de praticantes. O Mestre de Reiki Sérgio Silveira questiona o futuro da prática devido às constantes modificações e à dificuldade de ser oficialmente reconhecido.
I. O Dilema da Classificação e do Reconhecimento
O autor levanta a questão de saber se o Reiki será reconhecido pela ciência médica nos próximos dez anos, concluindo que o reconhecimento ambicionado não está a ocorrer. A dificuldade reside no facto de o Reiki não se enquadrar perfeitamente em nenhuma categoria tradicional:
| Categoria | Dificuldade de Enquadramento |
| Terapia Complementar | Oferece somente "algumas ferramentas eficazes" para tratar doenças físicas. É limitado a ser uma terapia de apoio em alguns casos de doenças. |
| Religião | Não possui a estrutura hierárquica necessária para ser reconhecida como tal. |
| Filosofia | As técnicas e posturas são uma "mistura" de várias vertentes, não sendo puramente filosóficas. |
II. A Natureza Multifacetada do Reiki
Sérgio Silveira explica a dificuldade em definir o Reiki, pois ele se manifesta em pelo menos três vertentes distintas, dependendo do contexto:
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Vertente Terapêutica/Saúde: Quando se abordam as doenças psicossomáticas e as suas manifestações no corpo.
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Vertente Energética/Fé: Quando se fala das posições de cura, de colocar as mãos sobre o corpo para que a energia flua e cure as doenças, ou sobre os guias de Reiki.
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Vertente Filosófica/Bem-Estar: Quando se explica os princípios do Reiki e as leis universais, como um sistema de apoio ao bem-estar e à conduta de vida.
Por isso, "adivinho" um caminho incerto e considera incorreto tentar "encostar" o Reiki a uma só vertente.
Definição Pessoal: O Reiki é uma "mistura de todas (terapêutica, filosófica e religiosa)", e é dessa mistura que saem diversas técnicas de apoio ao bem-estar, incluindo as vertentes espirituais e filosóficas.
III. A Resposta ao Reconhecimento Científico
Sérgio Silveira dirige-se aos profissionais que procuram ansiosamente o reconhecimento da ciência, aconselhando-os a estarem preparados para um futuro incerto.
A Prova da Validade do Reiki:
Conclui-o que o reconhecimento formal não é o fator mais importante:
"Se entendemos o Reiki como uma qualidade de vida melhor, então não precisamos de nenhum reconhecimento por parte da sociedade científica."
A verdadeira prova da eficácia do Reiki reside nos "milhões de praticantes" que são o "testemunho de que esta filosofia, espiritualidade e terapia de apoio funciona, e a partir daí nada mais importa." O Reiki é, em última análise, uma terapia livre para o crescimento interior.