
O texto de Sérgio Silveira é uma crítica direta e contundente ao fenómeno das formações holísticas de curta duração e baixo custo (tipo "fast food") e o impacto negativo que isso tem na qualidade, credibilidade e profissionalismo do Terapeuta Holístico. O autor defende a necessidade de ética e de distinguir os bons profissionais dos "charlatães". Sérgio Silveira expressa a sua preocupação com a proliferação de formações holísticas rápidas e baratas, que levam à entrada de profissionais despreparados no mercado, prejudicando a credibilidade das terapias complementares.
I. O Problema das Formações de Curta Duração
O autor identifica um desejo crescente de entrar na área holística, mas critica a falsa perceção de que é uma área "fácil" e a proliferação de cursos que não garantem a competência.
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Falta de Regulamentação: A ausência de regulamentação permite a existência de formações tipo "fast food" (ex: Reiki de 6h por 30€, massagem de 4h por 25€).
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Quem Ganha: O cliente perde, pois o terapeuta tem apenas um certificado (não reconhecido). Quem ganha são os formadores que vendem cursos rápidos e baratos, enganando "almas distraídas".
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A Ilusão da Competência: Terapeutas com vários certificados que "pouco dominam" podem enganar o público menos informado, parecendo deter "a maior verdade do mundo".
II. O Erro e o Impacto Negativo na Sociedade
Sérgio Silveira afirma que a intenção de ajudar e trabalhar com algo que se gosta não é errada, mas a forma de o fazer sim.
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Falsa Mensagem: Cursos fast food passam a ideia de que as terapias holísticas são "técnicas fáceis e todos podem tirar".
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Consequência: Muitos se desiludem e saem da área após fazerem "asneiras nos tratamentos", por pensarem que a quantidade de cursos os faria "seres iluminados".
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O Risco para o Setor: Isso mancha a credibilidade, pois estes maus terapeutas não contribuem com algo positivo na sociedade.
III. O Apelo à Consciência e à Denúncia Ética
Sérgio Silveira apela a uma atitude mais consciente e à coragem de denunciar os charlatães, contrastando com a justiça direta do passado.
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Seleção Natural: A sociedade "sabe separar o trigo do joio" (maus terapeutas dos excelentes terapeutas).
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Crítica à Passividade: No passado, os charlatães eram "corridos à pedrada". Hoje, o medo e a burocracia impedem as queixas, o que leva as pessoas a "falar somente para dentro".
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Chamada à Ação:
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É preciso deixar de ter medo e falar do que está certo ou errado.
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Deve-se alertar para o perigo e expor (escrever e alertar) quando for caso, as pessoas ou locais que procedem mal.
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Contribuição: "Assim, sim, estaremos a contribuir para as mudanças éticas positivas na nossa sociedade."
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